sexta-feira, 20 de maio de 2011

Exposição Escher/ Cabaret Luxúria

Camila e Rafa
Quinta-feira, pós semana de provas. Combinei com o Rafael e a Camila da Poli de irmos ao Centro de Cultura do Banco do Brasil para ver a exposição de Escher e assistir à peça Cabaret Luxúria. Tá certo que convidamos uma galera maior lá da faculdade, mas de fato, só fomos nós três.






Chegamos às 16h. O lugar estava cheio de visitantes, uma multidão de alunos trazidos pelas escolas em excursão. Fomos direto à bilheteria para comprar o ingresso para a peça e recebemos a notícia de que a peça estava esgotada até o final da temporada, mas que poderíamos esperar até às 17h30 por desistências. Quem não pagaria 3$ para assistir Rosi Campos (sim, a Morgana do Castelo Rá-Tim-Bum) numa peça com nome de puteiro? Resolvemos ver a exposição de Escher que era no mesmo lugar e cuja entrada é franca, e esperar.





Na entrada, há um jogo de perspectiva que muda a impressão de tamanho das pessoas e algumas ilusões de ótica divertidas. A Camila não podia olhar para a maioria delas porque dava vertigem, tudo começava a girar. Subimos os andares - são três ao todo - e começamos pelo último andar. Lá, um pouco mais da história de Escher era contada: nem sabia que ele era holandês, arquiteto e tampouco conhecia as obras menos famosas dele; o cara era genial! Assistimos alguns documentários e vimos cada esboço e obra desse artista fantástico. O mais legal foi saber que, no começo, ele tentava reproduzir em suas obras o mundo como ele é; com a Segunda Guerra e sendo privado de retratar paisagens belas, procurou criar o seu mundo, distorcido e infinito.


Era proibido tirar fotos e/ou gravar dentro das salas, mas não resisti e dei um jeitinho de tirar uma simples foto do quadro da "Drawing Hands".


A mão que desenha a mão que desenha a mão...


Fita de Mobius
Conhecemos um modelo da casa de Escher e apreciamos uma porção de estudos do artista, além da Camila descobrir que a maioria dos quadros do escritório do pai dela eram de Escher. Ficamos alguns minutos em cada quadro, perseguindo os caminhos da formiga na Fita de Mobius ou tentando encontrar a lógica da escada que sobre e desce. No fim, ficamos com um pouco de dor de cabeça, normal.








Conseguimos os ingressos de cadeira extra e fomos jantar. Levei meus amigos ao Porque Sim, um restaurante japonês da Liberdade onde experimentaram um delicioso lamen e se esforçaram para comer com 'hashi', só prática. Voltamos à tempo de assistir a peça.








Cabaret Luxúria
Rosi Campos era a Lilith, o demônio que tocava o Cabaret Luxúria, antro das perdições mundanas e destino dos que se entregaram à tentação da carne. Segundo sua personagem, é melhor "reinar no inferno à servir no céu". A peça retratava inúmeras passagens de luxúria de personagens ilustres da história e trabalhava em vários aspectos a dualidade de opiniões de homens e mulheres sobre o sexo, enquanto mantinha em seu roteiro principal a tentativa de Mephisto (Bruno Perillo) em conquistar o amor verdadeiro da recém chegada Justine (Rachel Ripani) e ganhar a aposta feita com Lilith. Lembra muito o filme "Como perder um homem em 10 dias", mas garanto que é pecado fazer tal comparação.









Com um tom hilário e musical, a peça arrancou muitas gargalhadas e fez uso de uma gama de melodias famosas e inclui no seu repertório até Sidney Magal. Fiquei pasmo com a personagem Justine (Rachel Ripani) que cantou em francês, dançou tango e atuou como ninguém. Isso sem falar numa belíssima composição de instrumentos musicais que incluiu piano, violoncelo, violino, bateria, trompete... esqueci de algo? É de tirar o fôlego!

Terminamos o nosso passeio com uma casquinha no McDonald da Paulista. Estava bem frio, mas o Rafa e a Camila insistiram em tomar sorvete. Cheguei em casa cedo, ainda por cima. Só sucesso!

Nenhum comentário: