sábado, 4 de junho de 2011

03/06

Nada como começar o dia com o seu despertador do iPod amplificado pelo dockstation, saber que há uma apresentação por fazer (Mecânica das Estruturas) e não ter arrumado a mala no dia anterior.

Mesmo assim, enrolei na cama até às oito, meu cobertor e meu edredon estavam mais agradáveis do que o frio que fazia lá fora.  Passei os slides para o Pedro dar uma olhada e treinar o que falar e tratei de me arrumar para ir ao Shopping Eldorado.

Calma, não fui lá bater perna! Nesse shopping há uma loja chamada Casinha Pequenina onde se vendem miniaturas de móveis que reproduzem muito bem as características dos originais, trabalho artesanal. Como já tinha passado aqui antes, sabia que poderia encontrar aqui a miniatura de uma cômoda, objeto de estudo do nosso projeto da disciplina. Era para ser simples, chegar na loja e "alugar" a peça para apresentar. Digo "alugar" porque custa 75$ e é inviável para nós comprá-la. Negociei com a dona da loja e ela me cedeu ao troco de 10% do valor, com a minha CNH de garantia. Deixei o documento lá e voei para a Poli.

Não sou tímido para apresentações e gosto bastante de falar em público. Nosso grupo foi um dos últimos a subir ao palco e deu tudo certo. Confesso que minha perna tremeu um pouco e minha voz saiu um tanto alta e corrida, mas tá valendo. Saindo do anfiteatro, corri para a sala do meu orientador e descobri que ele estava muito ocupado para me atender, adiei então nossa reunião.
Peguei o ônibus rumo ao Eldorado e devolvi a cômoda, inteira. Só sucesso. Retornei para casa e tratei de arrumar minhas malas, passar o final de semana na minha terra natal.

"Nem é feriado", você deve estar pensando. A desculpa para voltar para casa dessa vez é o aniversário da minha mãe, 03/06. Liguei para ela e fui atendido com um surpreso "Ki, você ligou!" (como se eu fosse esquecer!) e pude ouvir sua voz toda alegre em saber do meu retorno, de ouvir o meu simples "eu te amo" e de me retornar com um terno "também te amo". Três palavras que fazem toda  a diferença.

Escrevo esse texto do ônibus, assim como os outros dois que publiquei antes dele. Nada como 8 horas de viagem para me fazer escrever. Pena que vou ser um presente atrasado, vou chegar apenas na madrugada do dia seguinte. Mas mãe entende, né?

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